Fundamentação Teórica
Esta atividade laboratorial tem os seguintes objetivos: relacionar a velocidade de saída com a altura a que a esfera é lançada e relacionar a velocidade de saída da esfera da calha e o seu alcance.
Durante a realização da experiencia, fizemos as medições das grandezas que permitiram determinar a velocidade de saída da esfera da calha ( ) e o seu alcance. Também era fundamental verificar, através do teorema da conservação da energia mecânica, se havia perda de energia (energia dissipada).
O lançamento horizontal da esfera pode ser descrito como a composição de dois movimentos em simultâneo (fig.1):
-O movimento segundo a vertical é uniformemente acelerado, porque a força resultante segundo a vertical é não-nula: ![]()
-O movimento segundo a horizontal é retilíneo uniforme, porque a resultante das forças que atuam segundo a direção horizontal é nula, logo a velocidade mantêm-se constante.
Estes dois movimentos de queda de um corpo que foi lançado horizontalmente com velocidade v0x ≠ 0 e v0y = 0 são descritos pelo sistema de equações:
O alcance (x) de um corpo lançando na horizontal é tanto maior quanto maior é a velocidade inicial, é tanto maior quanto maior é a altura de queda (y0).
Estas conclusões podem ser facilmente comprovadas trabalhando as equações do movimento e estabelecendo as respetivas relações. Assim, considerando o instante em que o corpo atinge o solo:
(alcance e velocidade inicial)
O alcance máximo atingido pelo corpo é calculado pela expressão:
Analisando a relação anterior, conclui-se que o alcance atingido pelo corpo é diretamente proporcional ao valor da velocidade de saída do escorrega. A constante de proporcionalidade é:
Material
· Calha
· Esfera Metálica
· Célula Fotoelétrica
· Craveira
· Digitímetro
· Alvo (caixa com areia)
· Fios de ligação
· Fita métrica ou régua
· Balança Digital
Ilustração:
Resultados:
Y0 - altura do fim da calha ao chão - 0,92m
X – alcance da esfera (cm)
V0 – velocidade instantânea – velocidade de saída média (m/s)
Massa da esfera – 16.31 g
Para calcular V0:
Δs - espaço percorrido (m) – diâmetro da esfera (0.016 m)
Δt - intervalo de tempo (s)
Gráficos onde relacionámos a velocidade de saída da esfera (V0) tanto com o alcance da esfera (X0) - 1º grafico - tanto com a altura a que a esfera foi lançada (h) - 2º gráfico:
Declive: 0,3458 – Valor experimental
Os valores são diferentes (o experimental em relação ao teórico), talvez devido ao facto de termos desprezado a resistência do ar.
Teorema da Conservação da Energia Mecânica:
A Energia Mecânica em h(40) será igual à Energia Mecânica em h(0), porque a energia mecânica é uma força conservativa (em condições onde não haja forças de atrito nem energias dissipada).
Este valor é diferente daquele que obtemos anteriormente, devido ao facto de termos desprezado a força de atrito, existindo então perdas de energia (energia dissipada).
Conclusão
No final desta atividade laboratorial, podemos concluir que o alcance de um projétil depende sempre da altura de onde é lançado e da sua velocidade de lançamento. Observando os gráficos, podemos afirmar, que se a altura a que o projétil é lançado for maior, a sua velocidade de saída também será maior, e consequentemente o seu alcance também será maior (diretamente proporcionais). Contudo a velocidade de saída (inicial) em nada influencia o tempo de queda, porque a única força que atua nesse sentido (de cima para baixo, para o chão) é a força gravítica (aceleração gravítica constante).
O valor da velocidade inicial calculado através do teorema da conservação da energia mecânica, é diferente daquele que obtemos anteriormente (valor experimental), devido ao facto de termos desprezado a força de atrito, concluindo então assim que houve perdas de energia.
Outro valor que nos dá diferente, é o da distância. A distância é maior nesta experiencia em relação ao valor que podemos obter através de cálculos pelas leis de movimento, devido à resistência do ar que nós desprezamos, e que faz com que a bola demore mais tempo a atingir o chão.
Estes valores experimentais são diferentes dos teóricos, porque nós desprezámos a força de atrito e a resistência do ar, que apesar de serem muito pequenas, foram capazes de interferir com a exatidão dos valores.
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